Foi por unanimidade que Luis Paulo Reis, Professor Associado com Agregação do DEI, foi reeleito no passado dia 3 de janeiro como Diretor do LIACC – Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores, da Universidade do Porto.
A seu lado estará Henrique Lopes Cardoso (FEUP), Mário Florido (FCUP), Brígida Mónica Faria (IPP) e José Cascalho (UAc), a nova Direção deste laboratório de investigação sediado na FEUP, resultante das eleições realizadas nos dias 19 e 20 de dezembro.
É com entusiamo e otimismo que a nova equipa encara os desafios que se preveem muitos no triénio 2023-25, numa fase em que a discussão sobre os impactos da Inteligência Artificial na economia e na sociedade corre ao ritmo da rapidez do seu desenvolvimento.
Luis Paulo Reis, que é também presidente da APPIA – Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial, não tem dúvidas que com a utilização cada vez mais generalizada da IA em vários setores da sociedade, “estamos a dar um passo tão relevante como a revolução industrial”, algo que pode ser semelhante à revolução dos transportes iniciada com a invenção da locomotiva a vapor, “não num sentido literal, mas no impacto que pode provocar na sociedade”. Em entrevista recente ao jornal i sobre a “Revolução da Inteligência Artificial”, partilha a sua visão sobre a inevitabilidade do desaparecimento de certos tipos de empregos e acredita que com a “inteligência artificial vai ser possível reduzir de forma generalizada a maioria dos custos do Estado”, prevendo “uma diminuição do número de funcionários e a redução de gastos públicos, que poderão contemplar todo o tipo de setores, desde os transportes, a saúde e a área administrativa”, que passarão a ser assegurados por um corpo estatal parcialmente automatizado. Antecipa que “atribuir os capitais excedentes para a melhoria das infraestruturas do Estado, criação de novos apoios e incentivos monetários aos cidadãos, o investimento em áreas de interesse, como a cultura, e em última instância, o possibilitar que cada cidadão possa executar tarefas do seu interesse, que exponenciem a criatividade e imaginação” vai aumentar a qualidade de vida dos cidadãos de forma generalizada.
E é com este intuito último que a I&D do LIAAC pretende continuar a investir nas áreas de Saúde e Bem-estar, nas Cidades Inteligentes e Mobilidade, na indústria/Serviços Inovadores e Sustentáveis, na Administração Pública e Governança, nas Infraestruturas e Sociedade Altamente Conectada e na área do Entretenimento/Jogos.
Fazendo agora parte do LASI – Laboratório Associado de Sistemas Inteligentes, o maior Laboratório Associado de Portugal que inclui 13 instituições de I&D e mais de 500 investigadores doutorados, permitirá ao LIACC aumentar sua massa crítica, financiamento e internacionalização, e continuar a desenvolver um dos seus principais objetivos, a criação de inovação sustentável e inclusiva para a sociedade, melhorando aplicações, materiais e produtos e utilizando tecnologias avançadas de sistemas inteligentes, proporcionando elevados níveis de precisão, desempenho e adaptação ao longo do tempo.