O melhor artigo científico da PROPOR 2024 – The 16th International Conference on Computational Processing of Portuguese, é português e tem ADN DEI. “Across the Atlantic: Distinguishing Between European and Brazilian Portuguese Dialects” tem a coautoria de David Preda (M.EIC), Tomás Osório (ProDEI) e Henrique Lopes Cardoso (DEI) e mereceu a distinção naquele que é considerado o principal encontro científico na área da linguagem e tecnologias da fala para as línguas portuguesa/galega.
Este ano o encontro foi acolhido pela Universidade de Santiago de Compostela, entre os dias 12 e 15 de março, abrindo-se assim também à Galiza este evento bianual que se realizou até à data entre Portugal e o Brasil.
David Preda, autor principal do artigo e estudante do último ano do Mestrado em Engenharia Informática e Computação, partilha que esta foi a primeira conferência em que participou e não poderia ter sido uma experiência mais gratificante e enriquecedora, não só pela variedade e elevada qualidade dos trabalhos apresentados como também pelo convívio entre participantes com grandes diferenças culturais mas unidos por uma língua comum.
O estudante partilha ainda que foi durante o 1º ano do mestrado que pediu para se juntar às reuniões semanais com os investigadores do LIACC que se focam em NLP, orientadas pelo Prof. Henrique Lopes Cardoso, tendo sido uma oportunidade para investigar na área e levar a cabo um trabalho mais exploratório, o tipo de projeto que lhe agrada particularmente, tendo resultado neste artigo.
David encontra-se agora a desenvolver a sua tese de mestrado sob a orientação dos Professores Luis Filipe Teixeira e Isabel Rio-Torto (DEI), com foco em Computer Vision (CV) e Natural Language Processing (NLP) no domínio médico, e tentará explorar formas em que a ligação entre os domínios da visão e da linguagem possa melhorar o desempenho e/ou reduzir a quantidade de dados necessários e, eventualmente, aplicar as estratégias desenvolvidas a outros domínios, como a imagiologia médica.
Quanto ao futuro, o estudante finalista ainda o vê em aberto mas acredita que não será em Portugal e que passará, de um forma ou de outra, pela Inteligência Artificial com foco sobre o domínio textual.