“A IA morreu. Longa vida à IA!“ por Carlos Soares

Carlos Soares, docente do DEI e investigador em Inteligência Artificial e Machine Learning, participou no passado dia 6 de novembro, numa reunião executiva da Câmara Municipal de Matosinhos, apresentando um seminário intitulado “A IA morreu. Longa vida à IA!“, que serviu de base para um discussão sobre as oportunidades e riscos desta tecnologia, no âmbito da administração pública e local, mas também na sociedade em geral.

Compreender o potencial impacto da transformação provocada pela Inteligência Artificial na criação de valor das organizações e melhorar o ‘QI digital’ dos elementos executivos envolvidos – só desta forma será possível conhecer o essencial dos novos conceitos da Inteligência Artificial antes da sua integração nos processos, permitindo um envolvimento mais eficaz dos órgãos de governança e gestão, nos temas da Transformação Digital apoiada por essa tecnologia” refere Carlos Soares.

Durante a sessão foram abordadas questões que permitiram apresentar ao Executivo da Câmara Municipal de Matosinhos o potencial mas também os desafios de aplicar IA nas organizações:

– Situação atual da IA e do hype respetivo: o progresso recente da IA colocou a área sob os holofotes da comunicação social comum, alternando entre o anúncio de uma vida melhor para todos e o fim do mundo. O objetivo é clarificar a diferença entre a histeria e a realidade sobre esse progresso;

– Como obter valor para as organizações através de LLMs: a face mais visível do progresso em IA são os Large Language Models (LLM), popularizados em sistemas com o ChatGPT. O objetivo é perceber o que são realmente, que valor pode ser obtido pela sua utilização mas também quais são as limitações e riscos respetivos;

– Como obter valor para as organizações com outros dados: os LLMs representam apenas uma parte muito limitada do potencial da IA, apesar da sua notoriedade pública. O objetivo é ilustrar o potencial da aplicação de outras técnicas de IA, muitas vezes com maior valor potencial do que as LLMs.

O docente do DEI acrescenta ainda que “a preocupação é apresentar os conceitos de uma forma acessível a pessoas que não tenham um perfil tecnológico, mas, simultaneamente, suficientemente profunda para que fiquem a saber os princípios gerais de funcionamento de sistemas como o ChatGPT.”

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