No passado dia 26 de março, a discoteca Plano B recebeu o primeiro encontro de “Há Conversas na Movida”. A iniciativa, lançada pelo município, foi pensada para os agentes económicos da Zona da Movida do Porto e terá, ao longo de 2025, cinco conversas informais, sobre cinco temas, conduzidos por especialistas, em cinco espaços da zona de animação noturna da cidade.
Durante duas horas, esta primeira conversa debruçou-se sobre o tema do som e o papel da música no desenvolvimento da economia local e no enriquecimento da cultura e identidade do Porto.
A Vereadora das Atividades Económicas e Fiscalização, Filipa Correia Pinto, abriu a sessão e esclareceu que o grande objetivo da iniciativa é que cada conversa contribua para um debate regular e troca de experiências entre agentes económicos, partilha de boas práticas, maior conhecimento sobre diversas temáticas e, sobretudo, para o reconhecimento e valorização da comunidade e do ecossistema económico desta zona central do Porto.
Daniel Duque, diretor e editor da Cabine – Cultura Eletrónica Portuguesa, moderou a conversa que teve a contribuição de Gilberto Bernardes, músico, docente do DEI/FEUP e investigador no INESC TEC, e Rúben Domingues, curador e diretor da RDZ Music Agency.
Gilberto Bernardes, responsável pelo Laboratório de Computação Sonora e Musical, falou sobre os avanços da tecnologia ao nível sonoro e no âmbito de novas soluções musicais, nomeadamente na existência de colunas que permitem direcionar o som da música e na possibilidade de criação de experiências imersivas, através da sincronização de som e luz.
Já Rúben Domingues, produtor e curador de eventos musicais em Portugal, apresentou projetos musicais que tem vindo a implementar no Porto, tendo sublinhado a importância da instalação de limitadores de som e do estudo da localização do palco nos eventos, como forma de minimizar o ruído emitido pelo som.
Seguiu-se um período de perguntas e respostas com os participantes, maioritariamente estabelecimentos de animação noturna da Zona da Movida.