DEI Talks | “Computational Inaesthetics: Expanding the Boundaries of Artistic Research and Computational Aesthetics” por Martinus Suijkerbuijk

“Computational Inaesthetics: Expanding the Boundaries of Artistic Research and Computational Aesthetics” será apresentada sexta feira, 24 de março, às 14:30, sala I-105, com a moderação do Prof. António Coelho, docente do DEI.

Pelo autor:

“The increasing use of digital technologies in artistic practice, coupled with the recent emergence of AI, has led to a growing intersection and mutual influence between two related fields: artistic research and computational aesthetics. Artistic research involves using artistic practices to generate new insights and understandings about the world and reflect critically on the process of creating art. In contrast, computational aesthetics involves the theory, practice, and implementation of aesthetics within the domain of computing, and in its most formal version relies on mathematical and computational methods to generate and evaluate art.

However, there has been criticism of computational aesthetics for failing to account for the subjective and non-algorithmic nature of aesthetic experience. Nonetheless, this presentation proposes a practical framework that seeks to resolve this critique by highlighting an expanded view of computational aesthetics, which the presenter terms Computational Inaesthetics.

Through the discussion of basic concepts and principles of artistic research and computational aesthetics, and through the analysis of a selection of artworks by the presenter, the presentation explores the ways in which these fields can inform and enhance each other. Furthermore, the presentation provides an overview of the artistic contents and theoretical underpinnings of the presenter’s artistic research PhD project.

Overall, this presentation showcases the exciting potential of bringing together artistic research and computational aesthetics to expand our understanding of aesthetics, art, creativity, and the role of technology and computation in society.”

Martinus Suijkerbuijk is an artist, designer and engineer that currently is working towards completing his artistic research PhD at the Trondheim Academy of Fine Art, Norway. His artistic research is focused on the concept of Computational Aesthetics, which he explores through the use of AI empowered Artificial Aesthetic Agents (AAA) in virtual environments. His diverse background has enabled him to present his research and work at cultural institutions such as ZKM and MetaMorf, as well as technology conferences like CHI 2018 and Philips Trend Event.

Acesso aberto, o “slow science” e o “fast science”

“Poderá a divulgação de Ciência ser um negócio rentável? Nunca como agora a comunidade científica sentiu tanta pressão na validação e legitimação do que é produzido. Poderá a solução passar pelos repositórios de Acesso Aberto?”

São questões colocadas pelos docentes do DEI, Carlos Baquero, João Cardoso, Pedro Diniz e Rui Maranhão, e que abrem o artigo de opinião recentemente publicado no Expresso e que abaixo transcrevemos:

“A publicação de artigos científicos em conferências e revistas de referência é uma das atividades mais importantes para a divulgação e avanço da ciência e do conhecimento. Recentemente a FCCN, via B-On (biblioteca do conhecimento online), estabeleceu mais um protocolo no sentido de criar condições mais favoráveis para a comunidade científica nacional publicar artigos científicos em Acesso Aberto. A publicação em Acesso Aberto tem a vantagem de permitir a leitura de artigos sem custos de subscrição.

Enquanto no sistema clássico de publicação, os custos eram normalmente cobertos pelas instituições ao subscreverem revistas científicas para uso dos seus investigadores, normalmente podendo os mesmos optar por Acesso Aberto através de custos adicionais, no sistema único de Acesso Aberto estes custos são transferidos para o momento de publicação, e usualmente cobertos por um projeto de investigação afeto aos autores. Estes protocolos visam reduzir estes custos, usualmente com descontos sobre a taxa de processamento de artigos.

Sem entrarmos na polémica sobre o lucrativo negócio das editoras especializadas em ciência, é fácil observar que houve uma transferência do momento em que as editoras são financiadas. No sistema clássico os autores submetiam os seus trabalhos, estes eram avaliados por outros cientistas, melhorados e, sendo aceites, eram publicados nas revistas, sem nenhuma transação que envolvesse o autor (eram comummente as bibliotecas que assumiam estes custos).

No sistema de Acesso Aberto, que genericamente exige as tais taxas de processamento, o autor tem de garantir financiamento depois do artigo ser aceite para que este seja publicado. Embora em teoria não se esteja a pagar pela aceitação do artigo, e tal só dependa da sua qualidade, os incentivos económicos mudam um pouco o panorama, pois pode passar a haver mais pressão sobre as editoras para maximizar o número de artigos publicados.

Apesar deste risco, as editoras têm interesse em preservar o seu prestígio e o prestígio das revistas que publicam. Ao selecionarem um número reduzido de artigos da máxima qualidade, prestam um importante papel de seleção editorial aos seus leitores, às próprias áreas científicas, e melhoram o potencial impacto de cada artigo. Várias revistas clássicas, suportam ambas as modalidades de publicação, sendo o Acesso Aberto apenas uma opção e podendo as publicações aceites ser publicadas sem custos para o autor.

Resultados publicados em revistas de topo, como a Science e Nature, têm imensa visibilidade quer na comunidade científica quer, por vezes, na sociedade em geral. Contudo, sendo estas publicações muito seletivas, exigem aos autores vários meses de preparação, antes da próprio envio do artigo, e de melhoramento e trabalho adicional significativo ao longo do exigente processo de revisão pelos pares. Numa sociedade de “fast food” nem sempre parece haver tempo para estes morosos processos de “slow science”.

Na última década, junto com o crescimento da modalidade de Acesso Aberto, tem também crescido a oferta de revistas de Acesso Aberto que prometem tempos de revisão pelos pares muito curtos, tornando-se assim muito desejáveis para investigadores júnior desejosos de melhorar os seus perfis académicos. Pegando no provérbio “Depressa e bem, não há quem” podemos observar que há limites para os ganhos de eficiência que se podem obter quando os revisores são usualmente outros cientistas, não remunerados pela editora, com escasso tempo disponível, em particular quando são cientistas de renome.

Nestas editoras, a obtenção de eficiência levam invariavelmente a corpos editoriais com várias centenas de membros, habitualmente pouco conhecidos, em contraste com a usual dezena de nomes reconhecidos pela comunidade e com um papel claro na seleção de artigos em revistas de referência.

Outros mecanismos para assegurar um modelo de negócio lucrativo parecem assentar na criação de inúmeras edições especiais por convite e no convite massivo a vários cientistas para a preparação destas edições; muitas vezes em áreas que não dominam ou nas quais não são reconhecidos. Os cientistas têm mesmo sido aliciados por ofertas e reduções em relação a custos de Acesso Aberto, uma estratégia que garante o envolvimento de muitos e a abrangência necessária para um modelo de negócio lucrativo. Todos estes fatores diminuem e muito a perceção de qualidade dos artigos selecionados.

Esta diminuição da qualidade de publicação tem sido recentemente discutida noutros países europeus, com abordagens algo díspares. Os potenciais impactos destas práticas na qualidade da ciência foram discutidos num artigo da KTH Royal Institute of Technology, Suécia; já na nossa vizinha Espanha tem sido discutida a crescente migração para meios de publicação rápida. Nalguns países, como por exemplo na Suíça e Reino Unido, estes canais de difusão de resultados científicos são simplesmente ignorados ou mesmo desconhecidos. Nota-se mesmo da parte de instituições de referência, uma postura de rejeição em que investigadores com extensiva ou significativa parte das suas publicações nestes canais não são levados a sério.

Talvez não seja alheia a este fenómeno de publicação rápida de resultados pouco amadurecidos, a observação de que cada vez há menos impacto da investigação na transformação da sociedade, tal como documentado num recente artigo da Nature.

A publicação rápida e massificada por via destas editoras tem sido demasiado tentadora para cientistas em início de carreira, para uma comunidade científica sujeita a imensa pressão competitiva e onde a publicação regular é essencial para o desenvolvimento da carreira. Em Portugal, podemos constatar que o crescimento da proporção de publicações em Acesso Aberto, na última década (linha negra), não teria ocorrido se fosse descontado o efeito das publicações em duas grandes editoras de publicação acelerada (linha vermelha mostra como seria a proporção sem essas publicações que designamos por Acesso Aberto Acelerado). O efeito seria ainda maior se fossem descontadas outras revistas de menor dimensão e associadas a práticas que se poderão mesmo classificar de predatórias.

Se por um lado o Acesso Aberto pode ser positivo para uma melhor divulgação dos resultados de investigação, tal não deveria ser à custa da diminuição de qualidade das publicações. Tal como um pouco de fast food pontual não tem grande impacto na nossa saúde, também parece razoável uma certa dose deste tipo de fast science. Nem sempre toda a investigação produz os resultados que os autores gostariam; há competição e por vezes outras equipas publicam primeiro.

Contudo, já não é saudável, tal como com uma dieta primariamente de fast food, que o grosso das publicações de um dado investigador, equipa ou instituição comecem a ser, por norma, deste tipo. Muitos artigos que poderiam alcançar revistas de topo acabam por não realizar todo o seu potencial ao serem direcionados para estes canais de publicação rápida.

Aliás, a existência de repositórios de pré-publicação, como o arXiv e medRxiv, permitem alcançar uma divulgação rápida e aberta sugerindo mesmo que estes canais (e não os de publicação em Acesso Aberto Acelerado) fossem usados para esse mesmo propósito permitindo assim aos autores refinar os seus artigos e elevando mesmo a sua qualidade (em termos de extensão de dados e/ou mais sólida fundamentação das conclusões) pela sua publicação noutros canais com mais demoradas fases de avaliação por pares.

Pior do que o desenvolvimento de um currículo rápido e a metro, a abordagem atualmente vigente é ela própria contraproducente para os autores, já que não permite aos próprios realização do seu máximo potencial e pode, a longo prazo, ter impacto negativo nas suas carreiras. Uma pedra basilar do sistema é a liberdade individual de investigação; os autores são soberanos nas suas escolhas de alvos de publicação. Porém é importante estar atento à existência de revistas com estratégias mais massificadas e potencialmente predatórias. Há 20 anos, era relativamente simples distinguir as boas revistas das revistas com prácticas que se poderão classificar como predatórias, sendo estas últimas muito artesanais e pouco profissionais. Atualmente a fronteira é muito mais ténue, em parte fruto de modelos de negócio extremamente lucrativos e muito bem-sucedidos.

Parece-nos por isso muito importante que a comunidade científica nacional evite o domínio do “fast science”, nomeadamente evitando que as novas gerações de cientistas caiam na tentação do fácil aliciamento destes modelos de negócio que gravitam na ciência.”

Este artigo de opinião foi publicado no Expresso a 21 de fevereiro de 2023 (09:33).

PLAY-THE-ODDS – Desenvolvimento de uma ferramenta de comunicação baseada no jogo para ajudar pais e filhos a lidar com o risco de cancro hereditário

Na semana em que se assinala o Dia Mundial das Doenças Raras, que desde a sua criação em 2008 se celebra no último dia do mês de fevereiro, a 28, ou 29, o dia mais raro do ano, ficamos a conhecer o PLAY-THE-ODDS, um projeto liderado pela Universidade do Porto que encoraja as famílias a falar sobre o risco de cancro hereditário e doenças rara.

Este projeto, que contou na equipa de investigação com António Coelho (DEI), Hernâni Oliveira (alumni PDMD) e Juliana Monteiro (PDMD), faz parte de uma linha de investigação do Centro de Psicologia da Universidade do Porto, dedicada ao bem-estar das famílias com risco de cancro hereditário. Esta linha de investigação teve início em 2018 com um projeto conjunto com o IPO Porto, o projeto TOGETHER, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (POCI-01-0145-FEDER-030980). O TOGETHER estudou os processos de adaptação psicológica à realização de testes de suscetibilidade genética ao cancro. Toda a produção científica pode ser encontrada aqui e foi compilada neste Livro Branco. Encontramos nesta documentação conteúdos de grande utilidade sobre síndromes genéticas de risco para o cancro e prevenção do cancro hereditário, adaptação familiar ao risco genético de cancro e algumas das principais síndromes genéticas de risco para o cancro e suas características e a importância dos serviços de saúde.

No decurso do TOGETHER, tanto famílias como profissionais de saúde indicaram a necessidade de uma preparação específica para revelar aos filhos a presença de uma síndrome na família, assim como para lidar com os desafios desta condição ao longo do tempo.

O PLAY-THE-ODDS é um projeto exploratório de 18 meses, financiado pela FCT (EXPL/PSI-GER/1270/2021), que vem dar resposta a esta necessidade. Com base na investigação científica, e partindo de metodologias participativas, o PLAY-THE-ODDS reúne pessoas portadoras de síndromes de cancro hereditário e seus familiares, especialistas de aconselhamento genético, psicólogos, designers de comunicação e especialistas em ludificação para em conjunto cocriarem soluções. A preparação específica para revelar aos filhos a presença de uma síndrome de cancro hereditário na família, assim como para lidar com os desafios desta condição ao longo do tempo, é uma necessidade vinda a sentir pelas famílias.

Segundo Célia Sales, investigadora principal do projeto, “esta realidade pode ser muito angustiante. A pessoa portadora da síndrome está a lidar com o seu próprio diagnóstico e ao mesmo tempo com o medo de poder ter transmitido esta condição aos filhos. Não sabe se deve contar aos filhos, nem como, ou quando será a altura certa. O nosso objetivo é criar um protótipo de uma ferramenta interativa de comunicação para ajudar pais e filhos a comunicar sobre o risco de cancro hereditário, que possa ser integrada em contexto de aconselhamento genético de rotina e em psico-oncologia como recurso de apoio para as famílias.”
Uma das novidades trazidas por este projeto é a sua abordagem de cocriação: o projeto reúne pessoas portadoras de síndromes de cancro hereditário e seus familiares, profissionais de saúde (Aconselhamento Genético e Psicologia) e profissionais da área tecnológica (Design de Comunicação e Design Centrado no Ser Humano) na procura ativa de soluções para as necessidades reais do seu quotidiano. Para Hernâni Oliveira, co investigador principal, “este projeto é inovador porque é a própria família e os profissionais de saúde que, em conjunto com especialistas na área da tecnologia, definem a solução que mais os ajuda, uma solução real definida por quem vive esta realidade”.

A comunicação de problemas relacionados com a saúde e a possibilidade de cancro hereditário não é uma tarefa fácil, especialmente num contexto familiar, onde a diferença geracional pode revelar uma dificuldade acrescida. Jogos sérios podem ajudar a aproximar estas diferenças e servir como facilitadores para ajudar quer em comunicar as implicações da doença para todos os membros da família, como em ajudar o paciente a melhor interiorizar e perceber a situação em que se encontra.

Com isto em mente João Monteiro Leite, recém graduado do M.EIC, colaborou no projeto através da dissertação “Collaborative platform for soundwalks to improve health literacy and communication”, onde desenvolveu uma framework para uma plataforma que irá hospedar várias soluções com o intuito de ajudar o paciente a perceber melhor a sua condição e os riscos genéticos associados, assim como facilitar a comunicação desta síndrome a outros parentes. Estas soluções também devem assistir os utilizadores na compreensão dos riscos que estes enfrentam, assim como as medidas que existem para lidar com estes. Uma destas soluções, o foco principal desta tese, é o desenvolvimento de uma soundwalk, que apresenta uma história narrativa com alguns desafios destinados a ajudar a facilitar a comunicação entre a díade parental.

+ informação sobre o PLAY-THE-ODDS, poderá ser obtida junto à investigadora Juliana Monteiro através do email jmonteiro.playtheodds@gmail.com.

Invited Talks | “Driving Simulators for the Study of Road Users’ Behaviour” pelo Prof. Stéphane Espié

“Driving Simulators for the Study of Road Users’ Behaviour” será apresentado terça-feira, 7 de março, às 17:15, na sala B012.

“To be efficient and accepted, road safety counter-measures need to be defined thanks to scientific studies. The question is not only to imagine an optimal solution in the absolute, but to understand the real practices and, based on this knowledge, to design the measures (sensitivity campaigns, changes in Highway Code, changes in initial training curriculum or licence tests, infrastructure (re)design, vehicles homologations, etc.). In our talk we will describe the tools and methods we promote and refined for decades to improve road safety, and their use in research projects. Our approach is systemic and is based on three pillars: instrumentation of vehicles for in-depth naturalistic studies, traffic modelling and simulation using a multi-agents system, and design of driving simulators to study driving behaviors. We will illustrate our approach using research projects we have conducted over these last years.”

Stéphane ESPIÉ is a Research Director at the Gustave Eiffel University. He holds an Accreditation to Direct Research in Computer Science (HdR, Pierre et Marie Curie University, 2004). His main research areas are behavioral traffic simulation (MAS based), and the design of tools to study road user behaviors (driving/riding simulators and instrumented vehicles). He currently conducts his research in SATIE laboratory (Paris Saclay university) where he leads the MOSS (Methods and Tools for Signals and Systems) research group.

CreativityTalks | “The Creativity Diamond Framework” pelo Prof. Peter Childs

Há muitas facetas na criatividade tendo o tema um impacto profundo na sociedade. Foi realizado um estudo substancial e sustentado sobre a criatividade e sabe-se agora muito sobre os fundamentos e como a criatividade pode ser aumentada. Para reunir estes elementos, foi desenvolvido o “Creativity Diamond Framework,” formulado com base em revisões de trabalhos anteriores, bem como na consideração de 20 estudos de doutoramento sobre os temas da criatividade, design, inovação e desenvolvimento de produto. A estrutura pode ser utilizada para estimular e ajudar a selecionar qual a ferramenta ou abordagem a utilizar num ambiente criativo para tarefas inovadoras. Esta apresentação explorará algumas das principais facetas da criatividade e descreverá o “Creativity Diamond Framework” e recursos associados, bem como a execução prática de ideias.

“The Creativity Diamond Framework” será apresentado pelo Prof. Peter Childs, no dia 2 de março, 18:00, online via Youtube.

Short-Bio:

Peter Childs is the Professorial Lead in Engineering Design and Co-Director of the Energy Futures Lab at Imperial College London. His general interests include creativity, innovation, design, sustainability and robotics. He was the founding Head of School for the Dyson School of Design Engineering at Imperial. Prior roles include director of the Rolls-Royce supported University Technology Centre for Aero-Thermal Systems, director of InQbate and professor at the University of Sussex. He has contributed to over 200 refereed journal and conference papers, and several books. He has been principal or co-investigator on contracts totalling over £100 million. He is a fellow of the Royal Academy of Engineering, Editor of the Journal of Power and Energy, Professor of Excellence at MD-H, Berlin, Advisor Professor at Guangdong University of Technology, Chairperson at BladeBUG Ltd and Founder Director and Chairperson at QBot Ltd.

Tomada de posse do neACM

Após um curto interregno nas suas atividades, o núcleo estudantil ACM está de regresso com a tomada de posse da nova direção no dia 8 de fevereiro, às 17:30, na sala I-105.

Tiago Viana (Chair), João Ramos (Vice-Chair), Carolina Gonçalves (Secretary), João Coelho (Treasurer), Filipe Correia (Chairperson), Marco Costa (Chairperson) e Pedro Landolt (Chairperson), constituem a nova equipa que sob a mentoria do Professor André Restivo, Diretor da L.EIC, pretendem estabelecer uma comunidade de estudantes interessados nas diversas áreas emergentes da informática, e formar estudantes capazes em domínios como a programação competitiva e a segurança informática.

Os student chapters da ACM em todo o mundo servem como centros de atividade para os membros da ACM e para a comunidade informática em geral. Proporcionam seminários, palestras, fóruns de aprendizagem e oportunidades de networking com pares e especialistas em todo o espectro da informática.

A ACM (Association for Computing Machinery) foi fundada em 1947 e é hoje a maior sociedade educativa e científica do mundo, unindo educadores informáticos, investigadores e profissionais para inspirar o diálogo, partilhar recursos e enfrentar os desafios da área. A ACM reforça a voz coletiva da profissão através de uma forte liderança, promoção dos mais altos padrões, e reconhecimento da excelência técnica. A ACM apoia o crescimento profissional dos seus membros, proporcionando oportunidades de aprendizagem ao longo da vida, de desenvolvimento de carreira, e de redes profissionais.

ProDEI Symposium coming soon

É já para a semana, 8 de fevereiro, que a B032 recebe o ProDEI Symposium, anteriormente designado por DSIE, encontro anual da comunidade do Programa Doutoral em Engenharia Informática da FEUP, organizado pelos seus estudantes.

Esta edição demonstrará ao longo do dia o potencial e as oportunidades de um doutoramento como caminho de carreira, através de testemunhos de antigos estudantes do ProDEI com carreiras de sucesso na indústria: João Pedro Dias da BUILT CoLAB, João Reis da DEUS.ai e Tiago Boldt da Kevel. Conheceremos as diferentes visões de quem trabalha simultaneamente na indústria e na academia e de como o caminho desafiante de um doutoramento culmina em melhores e mais gratificantes oportunidades.

A meio da manhã as intervenções de Eugénio Oliveira, Professor Emérito do DEI, e de Diana Santos, do gabinete de Inovação da FEUP, darão a conhecer oportunidades de financiamento para quem faz um doutoramento e os detalhes do processo de candidatura, ficando depois disponíveis para o esclarecimento de questões.

Após o almoço, Luís Paulo Reis, Diretor do LIACC, apresentará a palestra “There are more tides than sailors: A reflection on the importance of doing top-quality scientific research!” Esta palestra centrar-se-á nos recentes desenvolvimentos nas áreas de CS, IA, ML, IR e PNL e na importância de desenvolver ciência de excelência e investigação avançada nestas áreas, no contexto de um doutoramento bem sucedido e impactante para se conseguir uma posição de destaque numa empresa tecnológica internacional de topo.

Seguir-se-ão as apresentações dos atuais estudantes do ProDEI que em 10 minutos cada nos darão a conhecer os últimos trabalhos de investigação nas áreas da Inteligência Artificial, Engenharia de Software, Sistemas de Informação, (…) , sendo moderadas pelos Professores Carlos Soares e António Augusto Sousa.

A sessão terminará com um coffee break convívio entre os participantes.

As inscrições são gratuitas e podem ser submetidas aqui até dia 7 de fevereiro.

DEI Talks | ”AutoML and Meta-learning for Neural Network Robustness Verification” pelo Prof. Jan N. van Rijn, Leiden Institute of Advanced Computer Science

Jan N. van Rijn holds a tenured position as assistant professor at Leiden University (ada.liacs.nl), where he works in the computer science department (LIACS) and Automated Design of Algorithms cluster (ADA).

His research interests include artificial intelligence, automated machine learning (AutoML) and meta-learning.

He obtained his PhD in Computer Science in 2016 at Leiden Institute of Advanced Computer Science (LIACS), Leiden University (the Netherlands).

During his PhD, he developed OpenML.org, an open science platform for machine learning, enabling sharing of machine learning results.

He made several funded research visits to the University of Waikato (New Zealand) and the University of Porto (Portugal).

After obtaining his PhD, he worked as a postdoctoral researcher in the Machine Learning lab at the University of Freiburg (Germany), headed by Prof. Dr. Frank Hutter, after which he moved to work as a postdoctoral researcher at Columbia University in the City of New York (USA). His research aim is to democratize access to machine learning and artificial intelligence across societal institutions, by developing knowledge and tools that support domain experts.

He is one of the authors of the book `Metalearning: Applications to Automated Machine Learning and Data Mining’ (published by Springer).”

AutoML and Meta-learning for Neural Network Robustness Verification” será apresentada dia 25 de janeiro, às 14:45, na sala B006 – a entrada é livre, são todos bem vindos.

Abstract: Artificial intelligence is being increasingly integrated in modern society, with applications ranging from self-driving cars to medicine development. However, artificial intelligence models (in particular neural networks) have been notoriously known for being susceptible for various forms of attacks, including adversarial attacks. In a bid to make these models more trustworthy, the field of neural network robustness verification aims to determine to which degree a given network is susceptible to such an attack. This is a very time consuming task, that can greatly benefit from the various advances that the Automated Machine Learning and meta-learning community have made.

In this talk, it will be explained the basis of automated machine learning and meta-learning, and the speaker will talk about their research on applying this to robustness verification. He will also explain how the community can further engage in this endevour towards trustworthy artificial intelligence.

Talk a Bit de volta para a sua 11ª edição

O Talk a Bit está de volta em formato presencial, dia 28 de janeiro (sábado), no Auditório da FEUP.

A conferência é organizada anualmente pelos estudantes do último ano do Mestrado em Engenharia Informática e Computação da FEUP, e este ano contabiliza já a sua 11ª edição.

O tema deste ano vai girar à volta dos dados, “Data. How it’s created, how it’s stored, how it’s streamed, how it’s processed”, e contará com uma série de especialistas que trarão muita matéria para ser explorada e discutida.

O programa do evento pretende promover a aprendizagem, a discussão de ideias e a socialização e entre a lista de oradores podemos ver João Silveira, da Microsoft, Sónia Liquito, do Spotify, João Gonçalves e José Costa, da Critical Techworks, João Carvalho da Tandhem Esports, Liliana Ferreira da Fraunhofer Portugal AICOS, Pedro Dias e Marco Sousa da Zero Zero, Tiago Matos da Jumpseller, (…), que contribuirão com certeza para mais uma edição de sucesso.

Pré evento acontecerá um hackaton, de 24 a 26 de janeiro, com prémios para os vencedores.

Toda a informação e link para a inscrição podem ser vistos aqui.

Ana Inês Barros e Diana Freitas do M.EIC distinguidas com Bolsas de Mérito da E-Redes

E-REDES Top Women Scholarship é um programa de bolsas destinado a agraciar jovens mulheres finalistas de mestrado nas áreas da Engenharia Eletrotécnica e da Informática, com o objetivo de encorajar um aumento do número de mulheres que optam pelo setor tecnológico, onde ainda persistem desequilíbrios de género.

“Estamos empenhados em promover a plena participação e a igualdade de oportunidades na nossa organização, mas também em apoiar e alargar a outras áreas tecnológicas” pode ler-se na página web da E-Redes, principal operador da rede de distribuição de energia elétrica em Portugal Continental das redes de alta, média e baixa tensão.

Em cerimónia pública no dia 6 de dezembro, foram conhecidas na Central Tejo, em Lisboa, as 15 vencedoras da 1º edição do programa, onde estão incluídas as estudantes do Mestrado em Engenharia Informática e Computação, Ana Inês Oliveira de Barros e Diana Cristina Amaral de Freitas.

À conversa com a Ana Inês contou-nos que não estava à espera da notícia que tinha ganho este prémio. “Fiquei muito feliz de ver o meu empenho e trabalho a ser reconhecido e é uma honra estar entre as melhores estudantes de engenharia. Ser uma das vencedoras desta edição motiva-me a continuar a mostrar o meu valor como mulher na engenharia. Também estou entusiasmada pelo futuro, para poder conhecer melhor a E-Redes, o resto das vencedoras e por finalmente a começar a minha carreira como engenheira da FEUP. Estou pronta e motivada para desenvolver novas ideias que contribuam para a área de engenharia e gostaria de agradecer à E-Redes e à minha família, amigos e professores que me apoiaram e ajudaram ao longo deste percurso”, partilha a estudante que em breve iniciará a fase final do mestrado com uma dissertação na área da engenharia de software.

Diana Freitas, também estudante do 2º ano do M.EIC, partilha que ter sido uma das vencedoras da E-redes Top Women Scholarship é um incentivo para continuar a lutar pelos seus objetivos académicos e profissionais. “Esta pequena conquista foi fruto de um esforço contínuo e também da prestabilidade dos professores para esclarecer questões e do espírito de entreajuda entre colegas. Este prémio, em particular, reflete o potencial das mulheres no setor tecnológico, onde acredito que as nossas capacidades, opinião e método de trabalho não são ainda devidamente valorizadas. Traz ainda a possibilidade de participar num programa de mentoring, que me pode ajudar a preparar-me para a próxima etapa que aí vem”, afirma com entusiamo.

Todas as vencedoras deste prémio que tem valor pecuniário de 2 mil euros e a oportunidade de participação em programas de mentoria e estágios, podem ser conhecidas aqui.