XX Jornadas de Ciência da Informação trazem à discussão a “Ética na Era da Informação”

No próximo dia 22 de maio, o Auditório da FEUP acolherá as XX Jornadas de Ciência da Informação, um evento promovido pelos estudantes dos cursos de Licenciatura e Mestrado em Ciência da Informação, uma parceria das Faculdades de Letras e Engenharia da Universidade do Porto.

À semelhança dos anos anteriores, as Jornadas terão como objetivo a promoção de uma discussão aberta ao exterior de um tema da atualidade, envolvendo a participação de convidados, a divulgação da licenciatura e do mestrado, bem como das competências dos seus licenciados e mestres, junto das diferentes áreas empresariais, institucionais, profissionais e académicas.

Sob o tema “A Ética na Era da Informação”, o programa da edição que celebra o vigésimo aniversário das Jornadas integra uma conferência de abertura sobre Ética e as questões éticas no contexto das organizações.

Seguem-se dois painéis que pretendem analisar a conjuntura global, bem como perspetivar os desafios atuais e futuros referentes aos parâmetros éticos assumidos pelas diversas organizações na utilização da informação no conjunto dos serviços disponibilizados, e ainda, dois painéis que pretendem debruçar-se sobre as questões de acesso, compreensão e avaliação da informação em diversos meios e, também, a responsabilidade e o comportamento ético ao lidar com dados de investigação e informações pessoais na era digital.

Antes da sessão de encerramento haverá ainda lugar para uma mesa-redonda com convidados Alumni que, ao longo das duas décadas, beneficiaram de um inovador modelo de formação em Ciência da Informação na U. Porto e que, simultaneamente, contribuíram ativamente para o sucesso das JCI ao longo de vinte anos.

A inscrição nas JCI é gratuita mas obrigatória, AQUI

Beatriz Miranda vence Prémio de Melhor Tese da APDC na área dos Media

Com o apoio do CEE – Consórcio das Escolas de Engenharia, a APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, lançou em fevereiro de 2021, o Best Thesis Award, com o objetivo de premiar anualmente as melhores dissertações de mestrado nas áreas de Tecnologias de Informação, Telecomunicações e Media.

No dia 10 de maio, Beatriz Almeida Miranda, Alumna do Mestrado em Multimédia da U.Porto, subirá ao palco do 32º Digital Business Congress da APDC, para receber a distinção de melhor dissertação de mestrado na área dos media, com o trabalho intitulado ”Immersive VR eHealth Strategies: VR games to treat schizophrenia negative symptoms”, que realizou sob orientação dos Professores Paula Alexandra Carvalho de Sousa Rego (IPVC) e António Fernando Vasconcelos Cunha Castro Coelho (DEI/FEUP), que nos falam um pouco sobre esta dissertação:

“A esquizofrenia é um transtorno mental que recorre a tratamentos de reabilitação cognitiva para ajudar a reduzir os sintomas que não podem ser tratados com medicação. Em geral, os tratamentos farmacológicos não são eficazes para controlar os sintomas negativos da doença. Os sintomas negativos incluem, entre outros, a diminuição da motivação e do interesse em realizar atividades simples. Neste contexto, esta tese pretendeu contribuir para o estudo da aplicação de jogos sérios de Realidade Virtual (VR) no tratamento de sintomas negativos em pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, através do desenvolvimento de um protótipo de jogo sério em Realidade Virtual (RV) que simula espaços e tarefas das atividades de vida diária, propondo a resolução de problemas, com o intuito final de recuperação de autonomia e aumento de motivação para a realização das tarefas em pacientes com diagnóstico do espectro da esquizofrenia. O protótipo foi validado com uma amostra de participantes saudáveis com resultados muito interessantes e relevantes para o projeto, que indicam boas perspetivas para a utilização com pacientes. O estudo e os resultados obtidos permitiram identificar um conjunto de características importantes que podem ser úteis no desenvolvimento de jogos nesta área. Esta tese desenvolveu-se no contexto de um projeto mais alargado – Greenhealth, que tem o IPVC como parceiro (em conjunto com o IPB, IPCA, IPP e ULSNE).”

À conversa com Beatriz, contou-nos sobre a imensa satisfação de receber esta distinção: “Ter o meu trabalho reconhecido significa muito para mim. Quando o comecei sabia muito pouco sobre o tema que escolhi, o que fez com que eu me esforçasse ainda mais para desenvolver um trabalho com o nível de rigor que eu desejava. Esta distinção serviu como mais uma demonstração de que atingi o meu objetivo com sucesso. Apesar disso, sinto que no final o maior prémio que ganhei foi o meu crescimento pessoal. Acredito que esta investigação serviu não só como forma de ajudar no desenvolvimento de melhores soluções para o tratamento da esquizofrenia, mas também como forma de ajudar a desmitificar ideias erradas que existem sobre a utilidade dos jogos e sobre a forma como vemos e lidamos com doenças mentais.”

Em relação ao futuro, Beatriz deseja terminar o projeto de investigação no qual está a trabalhar, o GreenHealth, e depois ingressar no mercado de trabalho, preferencialmente numa empresa que trabalhe na área da Realidade Virtual.

Na edição de 2022, Aisha Animashaun, também Alumna do Mestrado em Multimédia, recebeu esta mesma distinção com o trabalho intitulado “Generative Soundscapes for Enhanced Engagement in Non-Invasive Neurorehabilitation”, uma proposta de estratégia generativa de ambientes sonoros para dinamicamente mascarar as bandas de frequência dos ruído identificados com estímulos auditivos negativos, para promover uma paisagem sonora relaxante a partir de um leque de sons ambientes conotados na literatura com graus baixos de valência e excitação, nos doentes com demência.

Na 1ª edição deste prémio, em 2021, André Cruz, Alumnus do Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação, foi também distinguido na área das Tecnologias de Informação e Comunicação, com a dissertação “Fairness-Aware Hyperparameter Optimization”, que incidiu no estudo de enviesamentos e potenciais discriminações na utilização de sistemas de inteligência artificial relacionadas com género, idade, etnia ou localização geográfica.

Datattack de volta para a sua 2ª edição

Organizado pelo IEEE UP Student Branch , o NEB-FEUP/ICBAS e o NIAEFEUP, decorreu no passado fim de semana (21-23 de abril), a segunda edição do Datattack, uma hackathon de 24 horas de Data Science que tem como objetivo oferecer aos estudantes a oportunidade de contacto com profissionais desta área, enriquecendo assim a experiência da maratona.

No 1º dia do evento foram realizados 2 workshops: Rain and river level analysis using data science, onde os participantes puderam analisar a relação entre a quantidade de chuva e o nível de um rio, utilizando as bibliotecas numpy, pandas, matplotlib e sklearn para realizar a análise e criar um modelo que permitisse determinar a possibilidade de inundação e, CRISP-DM – An Introduction to Effective Data Mining, uma introdução sobre data mining e o modo de funcionamento do CRISP-DM, com uma discussão sobre um caso de estudo no final.

O 2º dia do evento foi dedicado à competição que teve inicio às 10:30 de sábado e terminou 24 horas depois com as equipas de quatro a cinco elementos a trabalhar intensamente para realizar as tarefas propostas e serem assim galardoados com os prémios de melhor projeto.

As equipas vencedoras:

1º Lugar: DataFreaks

2º Lugar: Asociación Fusqi

3º Lugar: Attack on Python

“Organizar um evento de Data Science para estudantes é fundamental para inspirar a próxima geração de Data Scientists. Ao fornecer oportunidades para explorar e aprender sobre essa área em crescimento, podemos ajudá-los a desenvolver habilidades críticas e a prepará-los para lidar com o volume de dados cada vez maior que enfrentaremos no futuro”, sublinha a organização do evento.

CreativityTalks | “The Creativity Virus” por Katja Tschimmel

A criatividade é um dos recursos mais preciosos do ser humano. Devemos-lhe a nossa civilização, a nossa cultura e todos os benefícios que as artes, a ciência ou a tecnologia oferecem. Atualmente, vivemos dos resultados produzidos por pessoas criativas ao longo dos tempos. Neste sentido, a criatividade é inesgotável. A criatividade cria criatividade. Podemos definir a criatividade como a capacidade de transformar ideias e conhecimentos para obter novos conhecimentos. O pensamento e a ação criativos geram novos pensamentos e ações criativos. A criatividade é contagiosa e, por isso, contagia as pessoas que nos rodeiam. Esta é a ideia que será explorada na palestra de Katja Tschimmel. Nesta abordagem, não se centrará apenas no indivíduo criativo – o artista, o designer, o escritor ou o cientista – mas pretende compreender a pessoa criativa como parte integrante de um sistema complexo. Um sistema vivo que pode ser um grupo de pessoas, uma equipa, uma organização, uma cidade ou/e toda a sociedade. Esta Conversa sobre Criatividade tem como objetivo contagiar a audiência com criatividade, 1. oferecendo conhecimentos sobre o fenómeno da criatividade e 2. inspirando a geração de novas ideias e conhecimentos através de informações, imagens e pequenos exercícios de pensamento.

 “The Creativity Virus” será apresentada por Katja Tschimmel no dia 4 de maio, às 18:00, sala B021.  A sessão será moderada pelo Prof. João José Pinto Ferreira e será transmitida via Youtube

Entrada livre mas inscrição necessária.

Short-Bio:

Katja Tschimmel, German by birth and Portuguese by choice, is a consultant and executive trainer, researcher and lecturer, coach, and conference speaker. Having a Ph.D. in Design and a Master in Applied Creativity, Katja researches and works in the fields of Creative Thinking, Design Thinking, Creative Processes and Innovation for more than 25 years. She is the author of several books and articles about Creativity and Innovation. Katja Tschimmel is the managing owner of MINDSHAKE, a Consultancy in Creative Thinking and Design (www.mindshake.pt). She is also a Guest Professor at the University of Porto (FEP/FEUP) and Porto Business School, giving Master Classes in several other educational higher institutions in Portugal and abroad. Since January 2023, she is the Portuguese Ambassador of the World Creativity and Innovation Week (https://wciw.org/)

Programa de Bolsas Huawei premeia novamente estudantes do DEI

A 2ª edição do Programa de Bolsas de Estudo Huawei Portugal voltou a premiar com €5000, 50 estudantes de várias universidades portuguesas, 14 dos quais pertencem à Universidade do Porto.

Nestes 14 vencedores encontramos Ana Beatriz Aguiar, João Gil Mesquita, Maria Beatriz Russo e Pedro Castro Correia, do Mestrado em Engenharia Informática e Computação (M.EIC) e Luís Filipe Gomes e Cláudio Prata Gomes do Doutoramento em Informática (MAP-i), curso conjunto das Universidades do Minho, Aveiro e Porto (FEUP (DEI) e FCUP (DCC)).

Depois de passarem pelas 3 fases da candidatura (preenchimento de formulário de candidatura, entrevista e vídeo de 2 minutos), os nossos estudantes provaram ser merecedores desta bolsa cujos destinatários são os estudantes que mais se destacam não só pelo seu percurso académico mas, também, e com grande peso, em iniciativas sociais (filantropia e/ou voluntariado), atividades relacionadas com empreendedorismo, associações e núcleos académicos, envolvimento em atividades desportivas e experiência profissional (full ou part-time).

Ana Beatriz Aguiar acredita que o seu envolvimento em atividades extracurriculares tenha sido bastante valorizado por demonstrar proatividade e ambição pelo desenvolvimento pessoal. “Em específico, acho que foi o facto de ter sido membro de uma júnior empresa, membro da direção do núcleo de informática e ter feito um estágio, o que mais se destacou no meu CV. O envolvimento em atividades desportivas e voluntariado foi mencionado no vídeo da 3ª fase e terá tido também o seu peso”, diz-nos a estudante que tem como objetivo utilizar o apoio da bolsa para conseguir fazer a tese com uma empresa (tecnologicamente aclamada) no estrangeiro. “Acredito que se aprende imenso ao trabalhar com profissionais de diversos países e pretendo absorver conhecimento de todas as fontes possíveis”. Ainda não sabe qual a área que irá prosseguir no futuro mas a sua ambição é desenvolver-se ao máximo para ter impacto digital quer seja em Inteligência Artificial, Cibersegurança ou Software.

João Gil Mesquita ambiciona contribuir no futuro para a evolução dentro das STEM através da investigação científica e trabalho na linha da frente de uma área em expansão, como a realidade virtual ou neurociência. Quanto à bolsa já sabe claramente o destino: um semestre de mobilidade na Hong Kong University of Science and Technology. “Uma das principais razões para a escolha deste destino foi o prestígio da universidade e a oferta de cadeiras que despertaram o meu interesse. Outro fator decisivo foi o desejo de conhecer uma cultura completamente diferente e que por vezes se encontra isolada da nossa. Adicionalmente, intenciono usar uma parte da bolsa para financiar alguns projetos pessoais na área de neurociência, de modo a obter algum conhecimento prático para complementar os cursos online que realizei anteriormente” conta-nos João que acredita que foram vários os fatores que distinguiram a sua candidatura: atividades extracurriculares, experiência de trabalho em 2 empresas diferentes (Smartex.ai e Critical Software) e a criação da sua própria empresa de realidade virtual em parceria com o seu irmão, a VRPortal, a primeira empresa de realidade virtual em Portugal.

Maria Beatriz Russo ficou com vontade de concorrer ao programa da Huawei desde a 1ª edição e agarrou a oportunidade assim que soube da abertura das candidaturas da 2ª edição. Quando questionada sobre o impacto da bolsa no seu percurso, Beatriz não hesita em nos dizer que irá utilizar o dinheiro da bolsa para realizar o programa Erasmus+ na Eslovénia pois acredita que será uma experiência extremamente enriquecedora a nível cultural, pessoal e profissional, e que irá alargar a sua rede de contactos com todas as vantagens associadas. A estudante, com um curriculum bastante preenchido em várias áreas, acredita que pertencer à direção do NIAEFEUP como cocoordenadora de eventos, ser senior developer e team leader na JuniFEUP, ter estado envolvida como voluntária na reconstrução de casas no Just a Change e ter realizado um estágio em Machine Learning na NilgAI, a motivaram a superar-se inspirada por todas as pessoas que foi conhecendo. Considera que com trabalho, empenho, organização e, não menos importante, com equilíbrio entre trabalho e descanso, tudo é possível.

É sua vontade terminar o Mestrado em Engenharia Informática e Computação e a seguir trabalhar em algo onde sinta que está a fazer realmente a diferença pois acredita que a tecnologia é capaz de resolver vários desafios, muitos deles sociais e ambientais. Termina dizendo “como mulher num campo em que a presença masculina é tão forte, gostaria de, com o meu percurso, inspirar outras mulheres e encorajá-las a entrar neste mundo tecnológico, pois após ter conhecimento que, por um estudo feito pela McKenzie, o PIB de UE aumentaria até 600 mil milhões de euros se o dobro das mulheres entrasse neste campo, acredito que somos capazes de muito mais do que se pensa!”.

Pedro Castro Correia concorreu na 1ª edição do programa e não tendo sido selecionado, decidiu concorrer novamente. À segunda foi de vez e Pedro conta-nos o impacto que a bolsa terá a curto e médio prazo:

“A bolsa será sem dúvida uma grande mais valia. Para já, comprar um portátil novo o que irá aumentar a minha produtividade nos trabalhos e nos projetos, uma vez que o meu é substancialmente antigo. Também pondero usá-la para participar em escolas de verão, workshops ou conferências que me venham a suscitar interesse e que poderão ser benéficas para a minha aprendizagem e futuro, nomeadamente na área do processamento de linguagem natural”. Acredita que o que foi mais valorizado na sua candidatura foram as participações em projetos externos à faculdade, como a criação de uma ferramenta que automatiza a geração de relatórios estatísticos de redes sociais para uma empresa de marketing e comunicação e o desenvolvimento (pro bono) de um programa para a Unidade de Saúde pública de Matosinhos, que automatiza a emissão de declarações para efeito de isolamento profilático, contribuindo significativamente para eficiência desta unidade durante a pandemia COVID-19 onde, antes desta ajuda, o atraso na emissão chegava a ser superior a um mês. Muito contribuiu também o seu gosto por explicar, tendo sido monitor de uma uc e explicador de matemática no ensino secundário e superior, e o interesse pela investigação na área do processamento de linguagem com uma consequente atribuição de bolsa de iniciação à investigação nesta área.

Quanto ao futuro, Pedro ainda não tem a certeza sobre o que vai fazer profissionalmente mas, independentemente do caminho que escolha, deseja acima de tudo criar impacto à sua volta e sentir que está a ajudar alguém. Presentemente está a desenvolver com outros colegas uma ferramenta de gestão e geração automática de horários, uma ideia que originalmente surgiu a pedido do centro hospitalar do médio ave, no contexto de uma unidade curricular, e que está agora a ser trabalhada para outros setores.

Luís Filipe Gomes acredita que a valorização da sua candidatura dependeu em grande parte do seu percurso académico bem sucedido, da experiência profissional obtida em vários estágios na indústria bem como a dedicação ao desporto (futebol e kickboxing) e a participação em atividades musicais. Luís pretende terminar o seu doutoramento (sob a orientação do docente do DEI Rui Maranhão), publicando a sua investigação e divulgando o que melhor se faz em Portugal a nível tecnológico e, a longo prazo, continuar com as parcerias com a indústria e eventualmente ingressar pelo mundo do empreendedorismo na sua área de especialização. Quando lhe perguntamos sobre o impacto da bolsa no seu percurso, Luís diz-nos “ Como estudante da CMU Portugal, poderei visitar os EUA e a Carnegie Mellon com mais frequência, trabalhando em investigação e participando em workshops e conferências. Além disso, usarei os recursos para comprar o material necessário para os meus estudos, o que aumentará a minha experiência de aprendizagem e me ajudará a alcançar os meus objetivos académicos”.

 

Cláudio Prata Gomes considera ter tido sorte tendo em conta que se candidatou na última semana do prazo de candidaturas, quando teve conhecimento, através de um amigo, sobre este programa de bolsas. Cláudio acredita que o seu envolvimento na CMU Portugal foi a bandeira do seu CV, visto ser um programa desafiante e enriquecedor que confere duplo grau em doutoramento, um pela Universidade do Porto, e o outro pela Carnegie Mellon University. Para a candidatura bem sucedida contribuíram também, na sua opinião, a forte competência em empreendedorismo e alguma experiência profissional em estágios e júnior empresas. Quando questionado sobre o impacto da bolsa, Cláudio diz-nos que este valor lhe permitirá adquirir equipamento e participar em mais eventos científicos como conferências e workshops, mantendo-se assim atualizado numa área em constante evolução.

“Eu tenho a ambição de no final da minha etapa atual com a CMU Portugal, estabelecer uma empresa, nem que seja depois de um período na indústria a adquirir experiência profissional. A minha investigação na academia passa pela utilização de computadores quânticos e também por algoritmos para resolver problemas de otimização de larga escala, focados na realidade complexa da indústria. Ficaria muito feliz em poder utilizar os meus interesses na investigação para responder a necessidades reais da indústria”, conclui o estudante que está a ser orientado pelo docente do DEI, João Paulo Fernandes.

Diogo Madeira da Silva, Director and Head of Public Affairs, Communications and CSR da Huawei em Portugal, refere que a Huawei tem uma história de investimento na área da educação que fala por si e refere-se concretamente ao programa Seeds for the Future, que tem permitido aos estudantes de engenharia portugueses conhecer a Huawei e aprender com os seus engenheiros, ao programa ICT Academy, no âmbito da qual têm vindo a assinar protocolos de cooperação e transferência de conhecimento com universidades portuguesas, ao SmartBus, uma iniciativa dirigida às crianças mais novas e, obviamente a este Programa de Bolsas de Estudo Huawei cujo investimento foi já de €500 000, com a atribuição de 100 bolsas a estudantes portugueses. Referindo-se a este último, Diogo Madeira da Silva afirma que existe uma grande vontade de contribuir para a diminuição das desigualdades de género na indústria das TIC, pelo que metade destas bolsas foram atribuídas a estudantes do género feminino.

Luísa Ribeiro Lopes, Presidente da .PT, parceira da iniciativa concorda com esta visão e afirmou recentemente à Forbes Portugal que “mais do que uma questão de direitos humanos – que seria por si só suficiente –, esta discriminação positiva na atribuição de metade das bolsas a mulheres é uma questão de valorização económica, social e competitiva para o país”.

DEI Talks |”Network construction from data and network visualization” pela Prof. Eliška Ochodková

“Network construction from data and network visualization” será apresentada na quarta feira, 26 de abril, às 14:30, sala I-105, e será moderada pelo Prof. Rui Camacho, docente do DEI.

Pela autora:

“The lecture will show how to extract data from vector data in the form of a network – and how the analysis of the constructed network helps to improve the results of classical datamining, e.g. to reveal otherwise undetectable relationships.  The advantage of networks is that the data is extended with links between certain (similar) pairs of data objects.

If we focus on biomedical data, the network approach is one of the innovative multivariate approaches to analyze complex biomedical datasets.  Patient profile similarities are essential for observers to study and visually assess relationships between groups of similar patients, and to do this, patient data is converted into a patient similarity network.”

 

Bio

Dr. Eliška Ochodková is an assistant professor at the Department of Computer Science, Faculty of Electrical Engineering and Computer Science, VŠB – Technical University Ostrava. She holds a Master’s degree in computer science from Palacký University in Olomouc and a PhD degree in computer science ( in cryptography) from VŠB – TU Ostrava.

Her research interests are social network analysis (network science) and bioinformatics, focusing on the analysis of biomedical data using network construction from biomedical data.  Currently she is also working on new methods for protein complex detection and information processing and retrieval from microarray data.

She teaches both undergraduate and graduate courses related to data analysis and cryptography. She is a Deputy Head of the Department of Computer Science at home university.

Prémio Incentivo 2023

Foi em cenário de comemoração do 112.º aniversário da Universidade do Porto que 20 estudantes receberam o Prémio Incentivo, criado para premiar o desempenho e os resultados dos estudantes que concluam o seu 1º ano de curso com melhor média.

Na lista dos estudantes que concluíram o seu 1º ano, 2021/2022, com a melhor média, encontramos três estudantes da L.EIC (FEUP/FCUP) com média superior a 19 valores. Falamos do Félix Martins (19,73 valores), do Marco Vilas Boas (19,45) e do  Mansur Mustafin (19,33).

Félix Martins, que desde sempre teve curiosidade sobre o que está por trás do funcionamento de programas e jogos, viu na Engenharia Informática uma escolha tão óbvia que até acabou por influenciar, de algum modo, a escolha da sua irmã, 3 anos mais velha. Conta-nos que “o primeiro ano na Universidade do Porto foi uma experiência desafiadora, mas muito gratificante” e que o que mais gostou foi perceber que estava no curso certo. O jovem estudante natural de Vila Nova de Famalicão, que espera, daqui a 10 anos, já ter terminado o seu primeiro grande projeto com impacto positivo na sociedade, colaborando com pessoas de diferentes partes do mundo, de modo a enriquecer a sua experiência e ampliar o seu conhecimento.

Marco Vilas Boas, que entrou na L.EIC vindo da Escola Secundária de Barcelos, onde descobriu o gosto pela programação “por envolver muito raciocínio lógico e permite desenvolver projetos interessantes e úteis”, diz-nos que “este prémio simboliza a potencial recompensa que surge quando ponho tudo o que sou em algo que gosto de fazer”. Apesar das dificuldades sentidas no 1º ano derivadas de tantas mudanças repentinas, como deixar o secundário e entrar na faculdade, com uma mudança para a cidade do Porto pelo meio, foi um ano cheio de boas experiências que o “fizeram crescer como pessoa”. O gosto por resolver “problemas de programação” são um dos motivos que o levaram a fazer parte dos núcleos NIAEFEUP e neACM, mas afirma que foram os diversos momentos de convívio proporcionados pelos núcleos que ajudaram à sua integração na comunidade FEUP. Não costuma pensar muito sobre o futuro mas acredita que estará com certeza a trabalhar em algo que gosta e que o desafie, seja nas áreas da investigação, do ensino ou no mundo empresarial.

Mansur Mustafin nasceu em Bishkek, capital do Quirguistão e confessa que o “ambiente agradável e internacional” foi um dos pontos que mais o impressionou no seu primeiro ano na Universidade bem como e a sua experiência de ensino no curso de Uniformização de Matemática para outros alunos internacionais. Definiu a U.Porto com a palavra “oportunidade” e espera daqui a 10 anos “ter um impacto positivo significativo na indústria e ao mesmo tempo continuar a minha conexão com a Universidade para partilhar a minha experiência e conhecimentos”. Ambiciona aprender durante a vida toda e neste momento deseja “agradecer a todas as pessoas que me suportam neste desafio”.

Prémio Incentivo, atribuído anualmente desde 2010, corresponde a um prémio monetário individual, correspondente ao valor da propina anual aplicada aos estudantes nacionais da U.Porto.

Equipa FEUPSal conquista Taça de Funcionários da U.Porto

O Pavilhão Prof. Dr. Galvão Telles foi o palco da final da Taça de Funcionários da U.Porto 2023, numa noite que foi de festa para a FEUPSal, ao vencer a equipa da FMUP por 1-0.

A equipa de Futsal da FEUP (constituída atualmente por docentes, técnicos e investigadores), conta com 3 jogadores do DEI, Amílcar Fernandes, João Pedro Dias e Pedro Miguel Silva, que destacaram o espírito de equipa e desportivismo que se vive nas tantas noites de jogo e que culminam agora numa grande conquista.

Pedro Silva, autor do único golo marcado aos 18 minutos da 1ª parte, diz-nos que “foi um jogo equilibrado mas onde a equipa da FEUPSal teve maior domínio. Até ao apito final, foram várias as oportunidades para ambas as equipas, mas o resultado não sofreu alterações”.

A FEUPSal conquistou assim a sua primeira Taça, depois de ter sido derrotada nas finais anteriores em 2017 e 2019. No próximo dia 17 de abril, a equipa da FEUPSal volta a entrar em campo, desta vez para a final do Campeonato contra a equipa da UP Inter.

Rui Maranhão toma posse como Diretor do ProDEI

Tomou posse a 4 de abril, o novo Diretor do Programa Doutoral em Engenharia InformáticaRui Filipe Lima Maranhão de Abreu, Professor Catedrático do DEI.

O Prof. Rui Maranhão (publica como Rui Abreu) é doutorado em Computer Science – Software Engineering pela Delft University of Technology, Holanda, e mestre em Engenharia Informática e de Sistemas pela Universidade do Minho. A sua investigação é maioritariamente na área da qualidade do software, com ênfase na automatização das fases de teste e de debugging do ciclo de vida do desenvolvimento de software, bem como na auto-adaptação. Rui Maranhão tem uma vasta experiência tanto em algoritmos de análise estática como dinâmica para melhorar a qualidade do software. Galardoado com 6 Best Paper Awards, incluindo um Distinguished Paper Award na ESEC/FSE 2019, o seu trabalho tem atraído considerável atenção. Antes de se juntar à FEUP como Professor Catedrático, foi Professor Associado no IST, U.Lisboa, e membro do grupo Model-Based Reasoning no PARC’s System and Sciences Laboratory e Professor Auxiliar na Universidade do Porto. Foi cofundador da DashDash em Janeiro de 2017, uma plataforma para criar aplicações web utilizando apenas competências de folha de cálculo. A empresa obteve um financiamento de 9 milhões de dólares na Série A em Maio de 2018. Foi Investigador Visitante no Google NYC entre 2019 e 2020, trabalhando em sistemas e ferramentas de construção para aumentar a segurança de C/C++ codebases.

DEI Talks | “At the intersection of job quality and innovation” pelo Prof. Christopher Mathieu

At the intersection of job quality and innovation” será apresentada quarta feira, 12 de abril, às 14:30, na sala B021, com a moderação do Prof. António Coelho, docente do DEI.

Pelo autor:

“The link between innovation and job quality is increasingly elaborated in empirical studies (Duhautois, et al. 2020; Laursen & Foss 2014; Mathieu & Boethius 2021, 2022; Muñoz de Bustillo, et al. 2022). Job quality has been found to be linked to both the generation of innovations as well as the implementation of externally generated innovations at the workplace level. This presentation examines the mechanisms and cumulative factors behind these processes drawing primarily from a Horizon 2020 project (quinne.eu) examining the generative relationship between job quality and innovation in nine industries, from computer games to healthcare, across the EU (Mathieu & Boethius 2021, 2022).”

Chris Mathieu is a sociologist of work and organization at the Department of Sociology, Lund University. From 2003-2014 he was at the Department of Organisation, Copenhagen Business School. His primary field of research is the organization and quality of working life. From 2015-2018 he was coordinator of the Horizon 2020 project QuInnE (quinne.eu) – Quality of Jobs and innovation Generated Employment Outcomes. In this project he was responsible for studies of innovation and work in the computer games industry and specialist healthcare. He was editor of the Oxford Handbook of Job Quality (OUP, 2022) with Chris Warhurst and Rachel Dwyer. In addition to innovation, job quality and employment issues, he has also published widely on specialist surgical training, gender in organisations, and cultural policy and production, especially inter-occupational collaboration and career in the film industry (see Mathieu & Visanich (2022) Accomplishing Cultural Policy in Europe: Financing, Governance and Responsiveness; Mathieu (2012) Careers in Creative Industries, Routledge).